sábado, 29 de março de 2008

Vila do Conde - "Estaleiros do Samuel" (2ª.Parte e últlma)

"Corria o ano de 1948, António do Carmo e seu irmão Francisco, sob a égide e direcção do pai Samuel, ressuscitam a empresa e reiniciam a construção de embarcações para a pesca da sardinha.

Sempre em franco desenvolvimento e expansão, e até finais da década de 80, a actividade dos "Estaleiros do Samuel" não se confina à construção de "Traineiras", já constrói embarcações de grande porte votadas à captura, por arrasto, de outras espécies, como atum e crustáceos, conquista novos e promissores mercados. Com a abertura de novas zonas pesqueiras, nomeadamente em Marrocos e Mauritânia, ano de 1974, a construtora " Samuel & Filhos, Lda " grangeia retumbante fama, ampliando, assim, a consideração de maior construtora do país.
Em 1980 o "Statu Quo" social da empresa altera-se substancialmente, visto os sócios (e irmãos) António e Francisco terem cedido a três jovens, filhos de ambos, a plenitude das respectivas posições que até então detinham na empresa, como que de uma trasmissão hereditária se tratasse. A partir daquela data, os tratasse. A partir daquela data, os três novos sócios vão modernizar e dinamizar a empresa ao ponto de, ainda hoje, serem inquestionáveis a competência e a fama de que, ao longo dos anos, vem sendo credora.
Entre 1987 e 2001, constrói três réplicas de caravelas: a " Bartolomeu Dias",sob projecto do Engenheiro Naval Sr.Almirante Rogério S. d´Oliveira, a pedido da Comunidade Portuguesa da África do Sul; a " Boa Esperança " e a " Vera Cruz", por encomenda da "Aporvela-Associação Portuguesa de Treino de Vela".
Ainda no âmbito da construção de réplicas histórico-marítimas, feliz evocação da nossa gloriosa época dos Descobrimentos, dá que pensar a aceitação da encomenda (ousada iniciativa da Câmara Municipal de Vila do Conde) de uma nau do século XVI, cujo projecto de construção e respectiva supervisão são da responsabilidade do insigne Almirante Rogério d´Oliveira.
Depois da construção de embarcações onde a madeira é a matéria prima por excelência, "Traineiras, Arrastões, barcos Rabelos, réplicas de embarcações dos séculos XV e XVI esta empresa que navega com o futuro por horizonte, jamais subestimaria a moderna torrente tecnológica-económica.
Presentemente, encontra-se tanto mais adaptada e apetrechada para tão bem construir embarcações de casco metálico -aço e alumínio- quanto é certo já ter produzido mais de uma dezena de embarcações com essas características.
Em suma, os estaleiros "Samuel & Filhos, Lda" prosseguem na senda gloriosa do povo de Vila do Conde".

sexta-feira, 28 de março de 2008

Vila do Conde - Os " Estaleiros do Samuel" (1ªParte)

"Em 1935, com apenas trinta anos de idade, Samuel Fernandes do Carmo, avô dos actuais sócio-gerentes da firma em apreço já detinha a categoria de mestre de construção naval. A experiência, o saber técnico e a mestria com que na " Sala do Risco" desenhava os seus barcos à escala real, eram atributos granjeados na carpintaria naval vilacondense, ao tempo uma das melhores do país. É assim que, naquele ano, Samuel decide criar a empresa que, a breve trecho, lograria a posição cimeira no sector da construção naval de embarcações destinadas à pesca costeira. Os "estaleiros do Samuel" singraram até ao eclodir da 2ªGuerra Mundial. Até aí, entre 1937-1939, puseram no mar 10 "Traineiras" para a pesca da sardinha. A inexorável situação de guerra força Samuel do Carmo a terminar a sua auspiciosa empresa, e volver à condição de assalariado noutros estaleiros, não só em Vila do Conde, como também no Porto e em Aveiro. Assim vive durante 9 longos anos, mas sem jamais se ter desligado da sua arte. Durante esse período, pôde ter a seu lado o filho António Gonçalves do Carmo, a quem ia transmitindo o seu saber, todo o seu potencial capital técnico. "Depois da tempestade vem a bonança".
Continua

sexta-feira, 14 de março de 2008

A Educação Ambiental (2ª.Parte e última)

O relacionamento da humanidade com a natureza, teve um início harmonioso, com o mínimo de interferência nos ecossistemas, quase os deixando intactos, enquanto que hoje, é enorme a pressão exercida sobre os recursos naturais, sobretudo das indústrias extractivas, assim como são grandes as modificações ocorridas na superfície da terra ... através dos solos aráveis, caminhos de ferro, auto estradas, enfim tudo que vamos construindo e transformando para satisfazer as necessidades humanas.

Actualmente, como sabemos, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada, a redução dos habitats naturais além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover um modelo de desenvolvimento que tenha em conta o futuro, mas também o presente. É dentro destes parâmetros, que defendemos a necessidade de uma formação para a juventude que lhes permita ter acesso ao conhecimento e consciência do que está em causa, ou seja assegurar a auto conservação do nosso planeta a partir da escola, através do que chamamos ... educação ambiental.

quinta-feira, 13 de março de 2008

A Educação Ambiental (1ª.Parte)

A Educação Ambiental começou a tornar-se uma necessidade nos tempos que correm.


No ambiente urbano das médias e grandes cidades, e não só, a escola é, em grande parte, responsável pela educação, a todos os níveis, do indivíduo e consequentemente da sociedade.


Acontece que, compreensivelmente, as populações das cidades estão cada vez mais envolvidas no seu dia a dia ,e com uma crescente diversidade de ofertas e distracções urbanas que as faz ignorar ou esquecer que há outro mundo que exige a sua preservação ... a natureza.

É assim, que a Educação Ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe não só sensibilizar a juventude, mas também todos os cidadãos,através de um processo pedagógico participativo permanente, que procura incutir no aluno ou educando, uma consciência crítica sobre a problemática ambiental.
Continua
Continua.

sábado, 1 de março de 2008

Países e Desenvolvimento (2ª.Parte e última)


O problema humano destes seres, continua a ser colocado em segundo plano, pois a principal reivindicação dos imigrantes, é muitas vezes serem reconhecidos como pessoas com direitos.
Na União Europeia, as leis sobre imigração e asilo político, variam muito de país para país, embora a tendência seja para a sua uniformização. A maioria está a estabelecer um sistema de quotas, assim como um processo de selecção dos imigrantes, nomeadamente através de uma prestação de provas.
A imigração era um fenómeno também previsível e enquadra-se na natural tendência do homem em busca de melhores condições de vida. Já se adivinhava que os países mais ricos haviam de ser "invadidos", mais tarde ou mais cedo, pelos povos dos países mais pobres... é o que está a acontecer.
A grande questão que se coloca, é se o mundo caminha, a longo prazo, para a unificação, isto é, fusão de etnias, raças, religiões culturas e língua, ou se pelo contrário, os países tenderão a reforçar a sua identidade e independências totais.